Hoje terminei a leitura de um livro que estava no meu backlog de leitura já havia pelo menos 1 ano – Design of Business: Why Design Thinking is the Next Competitive Advantage, publicado em 2009 pelo professor Roger Martin, Dean da Rotman School of Management na Universidade de Toronto em que ele apresenta sua perspectiva sobre “Design Thinking”.
Na visão de Roger Martin, em nossos modelos tradicionais de gestão, existem dois tipos de organização: as organizações analíticas – que aplicam o pensamento analítico em seu modelo de gestão em busca de confiabilidade e escala; e as organizações intuitivas – que aplicam a intuição como modelo de gestão em busca do desenvolvimento contínuo de inovações, mas que têm no longo prazo um grande desafio de sustentabilidade e crescimento. Segundo Roger Martin, aspectos dos dois modelos são necessários, mas que isoladamente não são suficientes para o sucesso dos negócios em tempos de grande mudança e incerteza. Em sua visão, os negócios de maior sucesso nos próximos anos serão aqueles que conseguirem aplicar de forma dinâmica o melhor dos dois modelos – pensamento analítico e a originalidade intuitiva. Para Roger Martin, Design Thinking ou Pensamento de Design é a disciplina que melhor representa essa nova corrente de pensamento e de geração de conhecimento.
Designers e pessoas familiarizadas com o processo de design, talvez achem que o livro não traz nenhuma grande novidade, pois ele não aborda nenhuma nova técnica e os cases apresentados já são conhecidos de todos. Ainda assim, acho que o livro é leitura indispensável para designers e não-designers, pois ele coloca uma luz sobre o termo “Design Thinking”, traduzindo de forma clara e direta seu valor para o mundo dos negócios, mostrando que Design Thinking tem nada a ver com metodologia ou técnicas de design como muitas pessoas pensam, nem tampouco está restrito ao mundo dos designers. A verdade é que fico bastante preocupado quando ouço alguém falar que o projeto foi feito usando a “metodologia” de Design Thinking e acho que o livro traz uma grande contribuição para o entendimento de que Design Thinking é apenas um nome “pomposo” que foi dado a um jeito diferente de pensar e encarar os “mistérios” do mundo.
Para quem já leu, adoraria ouvir suas opiniões. Para quem ainda não leu, encorajo sua leitura e reflexão.
i would also highlight the differences between inductive, deductive and abductive reasoning as the best way to explain how design thinkers think…(sorry for the redundancy)
Oi Luis,
Sem dúvidas!
É curioso saber que o conceito de abductive reasoning foi criado por Charles Sanders Pierce há 100 anos atrás e, atualmente, é a mais bem articulada explicação que já li sobre essa forma de pensar que chamamos de “design thinking”.
Obrigado por compartilhar.
Um grande abraço.
Mello.
Todo raciocínio positivo é da natureza de julgar a
proporção de alguma coisa no todo de uma
coleção pela proporção encontrada em uma
amostra. Assim, há três coisas que nunca podemos
esperar obter pelo raciocínio, a saber, certeza
absoluta, exatidão absoluta, universalidade
absoluta.
As descobertas nascem de conjeturas espontâneas
da razão criativa.
Charles Sanders Peirce
Pra mim a melhor definição de DT….concordo em genero, numero e grau!!!
Olá Allan,
Obrigado pelo comentário.
Um grande abraço.
Mello.